De coadjuvante a gestora do crime. Esse é o papel ocupado hoje por Núbia Taciana Freire da Silva, esposa de José Emerson da Silva, o “Nem Catenga”, apontado como líder do Comando Vermelho em Alagoas. Moradores do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, o casal é foragido da Justiça, mas comanda de longe uma rede criminosa que abrange tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
Segundo relatório do Setor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Alagoas, Núbia não é apenas a companheira de um chefe do tráfico, mas uma operadora estratégica do esquema financeiro da facção.
Articulada, vaidosa e com presença frequente em fotos sorridente e bem vestida, ela coordena transações, orienta “laranjas”, antecipa ações policiais e atua como gestora de empresas de fachada.
“Núbia é um dos retratos mais emblemáticos da nova geração de mulheres no crime organizado, que já não ocupam mais posições secundárias”, avalia o delegado Gustavo Henrique, chefe do setor de Inteligência da SSP.