Investigações revelam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) utilizava fazendas em diferentes estados do país como parte de um esquema milionário de lavagem de dinheiro e apoio logístico ao tráfico de drogas. A facção investia pesadamente na aquisição de grandes propriedades rurais, a ponto de, em volume de terras, rivalizar com os principais nomes do agronegócio brasileiro.
Até o momento, a Justiça já bloqueou mais de 511 mil hectares ligados ao grupo criminoso — uma área superior à de muitos municípios brasileiros. As propriedades eram usadas para ocultar valores oriundos do tráfico, facilitar o transporte de drogas e manter uma fachada legal para movimentações financeiras.
A operação é considerada uma das maiores já realizadas contra o braço financeiro do PCC e acende o alerta sobre a infiltração do crime organizado no setor rural.