Até o fim de 2025, cerca de 500 mil mulheres poderão ter acesso gratuito ao contraceptivo Implanon, um implante hormonal de longa duração que pode custar até R$ 4 mil na rede privada. A novidade faz parte de uma iniciativa do Ministério da Saúde, que vai incorporar o método ao Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do segundo semestre.
O Implanon é um dos métodos mais eficazes disponíveis no mercado para prevenir a gravidez, com apenas 0,5 falha a cada mil usuárias, uma taxa de eficácia superior, inclusive, à da vasectomia, que registra de 1 a 1,5 falha por mil.
O dispositivo é uma pequena haste inserida sob a pele do braço da mulher e libera etenogestrel, um hormônio sintético que inibe a ovulação. Uma de suas principais vantagens é a durabilidade: ele age continuamente por três anos, sem necessidade de troca.
A decisão de incorporar o implante foi aprovada nesta quarta-feira (2) pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). O Ministério da Saúde deve publicar, nos próximos dias, a portaria oficializando a medida. A partir da publicação, o prazo para implementação será de 180 dias.
O ministério informou que a oferta será iniciada com 500 mil unidades em 2025, com investimento de R$ 245 milhões. Até 2026, a previsão é que 1,8 milhão de implantes sejam distribuídos em todo o país.
A ampliação será feita de forma gradual, com foco na formação teórica e prática dos profissionais de saúde responsáveis pela inserção do implante.
Além do Implanon, o SUS já oferece uma série de métodos contraceptivos gratuitos, entre eles:
Preservativos masculino e feminino
DIU de cobre
Anticoncepcionais orais combinados
Pílulas de progestagênio
Injetáveis hormonais (mensal e trimestral)
Laqueadura tubária
Vasectomia