O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou neste domingo (13) o tarifaço imposto por Donald
Trump, afirmando que a medida está mais relacionada a “valores e liberdade” do que a aspectos econômicos.
Bolsonaro disse não se alegrar com a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e sugeriu que uma eventual anistia poderia proporcionar “paz para a economia”.
Em publicação nas redes sociais, Bolsonaro destacou que o tempo é curto, já que as tarifas entram em vigor em 1° de agosto, e que a saída passa por harmonia entre os Poderes.
“Com independência e harmonia, poderemos alcançar o perdão entre irmãos e a tão necessária paz econômica”, escreveu.
O ex-presidente também lamentou o impacto da medida para os produtores brasileiros e afirmou não desejar punições pessoais a ninguém, inclusive a adversários políticos. A declaração ocorre em meio à crescente pressão do governo Lula, que atribui a Bolsonaro e ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a articulação política com os EUA.
Na semana passada, Trump formalizou as sanções ao Brasil por meio de carta enviada ao presidente Lula e divulgada na rede Truth Social. No texto, o ex-presidente norte-americano alegou que Bolsonaro está sendo perseguido politicamente no Brasil, especialmente em razão de processos no Supremo Tribunal Federal (STF), e associou a medida comercial a uma resposta à “injustiça”.
Paralelamente, Eduardo Bolsonaro segue nos Estados Unidos em uma ofensiva diplomática contra o ministro Alexandre de Moraes e em busca de apoio à anistia de seu pai, que é investigado por tentativa de golpe de Estado. A conexão entre as sanções e a pauta judicial de Bolsonaro tem reforçado a narrativa de que a tarifa é parte de uma disputa política internacional.