Como resultado da reunião da AMA com órgãos federais e estaduais sobre preservação da Caatinga e crédito a pequenos agricultores, foi criado um grupo de trabalho multidisciplinar, coordenado por Marcos Diniz, secretário de Meio Ambiente de Delmiro Gouveia. O fórum vai atuar a partir de um relatório do Ibama com as áreas desmatadas para que os municípios atuem como interlocutores na disseminação de informações legais.
O presidente da AMA, Marcelo Beltrão, avaliou que a reunião trouxe uma grande contribuição que pode ser estendida a outros ecossistemas. “O avanço de práticas irregulares está ligado à desinformação. A AMA será sempre um canal de articulação entre municípios e sociedade”, afirmou.
O superintendente do Ibama, Reginaldo Couto, apresentou os dados da Caatinga, que em 2023 tinha 370 mil km de vegetação nativa (42,8% do bioma), mas perdeu mais de 5 mil hectares em 2024. Destacou a importância de dar segurança jurídica aos pequenos agricultores para evitar embargos e restrições.
Citou os trabalhos em Delmiro Gouveia e Olho D’Água das Flores como referência. A prefeita Ziane Costa lembrou a transformação após a FPI. O prefeito José Luiz reconheceu os desafios diante de costumes antigos, mas defendeu o trabalho conjunto.
Jorge Marques, do Ministério da Agricultura, reforçou a parceria com o Ibama. Tiago Santos, secretário de São José da Tapera, destacou o apoio coletivo. A secretária estadual de Agricultura, Aline Rodrigues, defendeu produção com preservação e anunciou o uso de feiras e programas como canais de informação.
Representantes do IMA, Emater e Meio Ambiente também anunciaram ações voltadas à sustentabilidade. A Caatinga ocupa 44% de Alagoas.
