Começa nesta segunda-feira (8) a fase de interrogatórios do núcleo central da ação penal que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Pela primeira vez, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus comparecerão presencialmente para prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), diante do relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes.
A oitiva de Bolsonaro – que tem convocado apoiadores a acompanharem a sessão, que será transmitida – ocorre em meio a uma série de depoimentos marcados até a próxima sexta-feira (13). O primeiro a ser ouvido será o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e atualmente colaborador da Justiça.
Segundo a ação penal em curso, as defesas dos acusados terão a oportunidade de apresentar seus argumentos em resposta às acusações sobre a articulação de uma tentativa de golpe.
Além de Bolsonaro e Mauro Cid, também serão ouvidos os réus:
- Alexandre Ramagem
- Almir Garnier
- Anderson Torres
- Augusto Heleno
- Paulo Sérgio Nogueira
- Walter Braga Netto (que está preso desde dezembro
e será ouvido por videoconferência)
Todos os interrogatórios ocorrerão na sala de audiências da Primeira Turma do STF, com a presença física dos réus, exceto
Braga Netto.
Bolsonaro afirmou, em discurso na última sexta-feira (6), que
“não irá lacrar” no depoimento à Corte, indicando que pretende adotar uma postura defensiva. A expectativa é que o depoimento do ex-presidente concentre as atenções do público e da imprensa, em uma semana considerada decisiva para o andamento do processo.