Criminologia: novas diretrizes para redução da violência urbana a partir da inclusão digital, uma perspectiva criminológica à luz da Escola de Chicago.

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Pessoal, o artigo de hoje explora o impacto transformador da inclusão digital em favelas e comunidades periféricas, argumentando que o acesso e a capacitação tecnológica são cruciais para a reorganização social, a redução da violência e a melhoria da qualidade de vida, mesmo em áreas sob domínio de facções criminosas. Com base nos preceitos da Escola de Chicago de criminologia, analisamos como a inclusão digital fortalece o capital social coletivo, promovendo o controle social informal. Abordamos casos internacionais emblemáticos (Medellín, Barcelona e Cidade do Cabo) e iniciativas brasileiras (NICs no Rio de Janeiro e AcessaSP em São Paulo), contrastando seus sucessos com a persistente falta de apoio governamental massivo no Brasil.

No âmbito do Direito Internacional, destacamos as perspectivas de estudiosos como Manuel Castells, Amartya Sen, Sergio Amadeu da Silveira, Rodrigo Firmino e, em especial, Robert J. Sampson, que corroboram a capacidade da inclusão digital de gerar mão de obra especializada e, consequentemente, mitigar a violência ao oferecer alternativas de vida digna e promover a resiliência comunitária.

Firme em tais premissas, entendemos ser inaceitável que, diante de evidências tão claras sobre o poder transformador da inclusão digital, os governos estaduais e federal brasileiros ainda não tenham abraçado de forma maciça e estratégica essa agenda. Enquanto nações como Colômbia, Espanha e África do Sul demonstram com êxito a capacidade de projetos de inclusão digital de revitalizar áreas marginalizadas, o Brasil patina em iniciativas muitas vezes descontinuadas ou com apoio insuficiente. A falta de um plano nacional robusto e de investimentos contínuos em telecentros, Wi-Fi público e programas de capacitação digital nas favelas e periferias é um descaso com milhões de cidadãos que poderiam ter suas vidas transformadas.

Por fim, concluímos que a inclusão digital, ao promover a organização social, é uma alavanca fundamental para o “up-grade” nas vidas dos jovens das periferias.

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