ESCÂNDALO: Prefeitura desconta empréstimos de servidores, não repassa aos bancos e funcionários têm nomes negativados

Região

Servidores públicos do município de Olho D’Água do Casado denunciam um verdadeiro golpe institucional praticado contra eles pela Prefeitura, sob a gestão do atual prefeito e com envolvimento direto da administração anterior, aliados políticos no comando da cidade.

Segundo denúncia feita à nossa redação por uma servidora municipal que preferiu não se identificar por medo de retaliações, há meses os funcionários vêm sendo vítimas de um esquema gravíssimo de apropriação indébita e improbidade administrativa.

“A dívida já dura cinco meses. A Prefeitura desconta o valor das parcelas do empréstimo diretamente do nosso salário, mas não repassa ao banco. Resultado: nossos nomes estão sendo negativados mesmo pagando em folha. Isso é revoltante”, denuncia a servidora.

De acordo com os relatos, o problema teve início ainda na gestão anterior, que mantém forte vínculo com o atual prefeito, configurando uma continuidade administrativa perversa e criminosa. O cenário é de total descaso: enquanto os descontos continuam sendo feitos automaticamente no contracheque dos servidores, os valores somem nos cofres da Prefeitura e não chegam as instituições financeiras.

Consequências devastadoras

A consequência? Centenas de trabalhadores com nomes sujos, impedidos de realizar novos empréstimos, renegociações e até prejudicados em outras áreas da vida pessoal. Professores, garis, técnicos de enfermagem e outros profissionais essenciais estão sendo humilhados publicamente por uma inadimplência que não cometeram.

A situação já levou diversos funcionários a acionar a Justiça com ações individuais contra a Prefeitura e até contra os próprios bancos. O sindicato da categoria já teria se reunido com o prefeito, que promete resolver, mas segue empurrando com a barriga, pagando um mês e deixando outros em atraso.

“É um golpe contra o servidor público. Descontam do salário e não repassam. Isso é crime. É apropriação indébita de verba consignada. É improbidade administrativa. É caso de cassação, de bloqueio de bens e de prisão dos responsáveis”, afirma um advogado consultado pela nossa reportagem.

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