Neste sábado, 1, Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, com 444 votos dos 513 parlamentares. Aos 35 anos, ele se torna o mais jovem presidente da Casa desde a redemocratização do Brasil, embora já acumule uma trajetória política sólida, com quatro mandatos consecutivos como deputado federal pela Paraíba.
Considerado o favorito na disputa, Motta contou com o apoio de 17 dos 20 partidos presentes na Câmara. Para vencer no primeiro turno, ele precisava de pelo menos 257 votos, mas superou essa marca com uma ampla maioria, obtendo a adesão de parlamentares de diversos espectros partidários.
A votação ficou abaixo do recorde registrado em 2023, quando Arthur Lira (PP-AL) foi reeleito com
464 votos. Os outros dois candidatos, Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), conseguiram 31 e 22 votos, respectivamente, e dois votos foram em branco.
Após a proclamação do resultado, Motta foi empossado e assinou o termo de posse, assumindo a cadeira anteriormente ocupada por Lira. Seu bloco de apoio reúne partidos de diversos matizes ideológicos, incluindo o PT, que lidera o governo federal, e o PL, principal partido da oposição. Entre os aliados, estão ainda PCdoB, PV, União, PP, Republicanos, PSD, MDB, PDT, PSDB, Cidadania, PSB, Podemos, Avante, Solidariedade e PRD, que somam 494 dos 513 deputados.
O mandato de Hugo Motta se estenderá até fevereiro de 2027, quando será realizada nova eleição para a Mesa Diretora. Como presidente da Câmara, ele terá a responsabilidade de definir a pauta de votações do plenário, supervisionar os trabalhos legislativos e presidir as comissões temáticas. Além disso, Motta ocupará a segunda posição na linha sucessória da presidência da República, após o vice-presidente, e integrará o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional.
