Bastou Emília Corrêa, prefeita de Aracaju (PL), visitar Valmir de Francisquinho em Itabaiana para o clima político ferver em Sergipe. E ferveu mesmo. O governador Fábio Mitidieri (PSD), que até então mantinha um discurso conciliador com a gestão da capital, mudou o tom e partiu para o ataque em entrevista à Fan FM, disparando críticas e insinuações contra a prefeita.
Para muitos, ficou claro: foi uma reação direta — e apressada — à aproximação entre Emília e Valmir, os mesmos que derrotaram Mitidieri nas urnas em 2022. Um episódio que ainda dói nos bastidores do Palácio.
Mais grave que a crítica, porém, foi a postura do governador. Ao politizar a relação com a Prefeitura de Aracaju e insinuar a retirada de apoio, ele cruzou a linha institucional:
“Não é correto eu colocar minha bancada e os investimentos à disposição, enquanto ela articula tapas”, disse.
Vale lembrar: vereadores não pertencem a nenhum governador. E os recursos públicos aplicados na capital não são favores — são obrigações, custeados pelo povo de Aracaju.
Mitidieri demonstra fraqueza ao misturar gestão com vaidade política. Se está tão seguro de sua popularidade e reeleição, por que tanto incômodo com uma simples visita?
A verdade é uma só: a aliança entre Valmir e Emília assusta. E ele sabe disso.