Nova geração corre risco de nunca se aposentar, dizem especialistas

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As novas gerações enfrentam desafios crescentes quanto à aposentadoria. Reformas na Previdência, aumento da expectativa de vida e um mercado de trabalho em transformação geram preocupação sobre o futuro previdenciário dos jovens.

Segundo Martha Zouain, psicóloga e diretora da Psico Store, o aumento do trabalho informal e autônomo dificulta contribuições regulares ao INSS. A especialista em gestão de pessoas Gisélia Freitas alerta para a precarização das relações de trabalho e a alta rotatividade, que comprometem a continuidade das contribuições.

A advogada trabalhista Nayara Garajau destaca que os jovens enfrentam regras mais rígidas, sem transições adequadas. Já a advogada previdenciarista Brenda Scarpino ressalta a necessidade de planejamento financeiro desde cedo.

O produtor musical Batata Beats, 27, diz que não acredita na aposentadoria pública e investe pensando no futuro. “Minha ideia é ter imóveis para aluguel ou outras empresas.”

Diante desse cenário, cresce entre a Geração Z o conceito de
“microaposentadoria”: pausas intencionais na carreira para preservar o bem-estar, priorizando qualidade de vida em vez de esperar pela aposentadoria tradicional. Impulsionado por redes sociais como o TikTok, o movimento já influencia jovens no Brasil.

Especialistas apontam que o modelo tradicional de carreira está em declínio. Millennials e Gen Z não confiam que dependerão da previdência pública. O aumento da expectativa de vida e a instabilidade do sistema atual reforçam essa percepção.

Segundo estudo do Banco Mundial, sem reformas, a idade mínima para aposentadoria pode chegar a 78 anos até 2060. Com o envelhecimento da população e menos contribuintes ativos, reformas periódicas se tornam inevitáveis para garantir a sustentabilidade da Previdência.

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