SUS vai oferecer dois novos tratamentos hormonais para endometriose

Saúde

Mulheres que convivem com a endometriose poderão contar com dois novos tratamentos hormonais gratuitos no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda em 2024: 0
Dispositivo Intrauterino liberador de levonorgestrel (DIU-LNG)
e o desogestrel. A decisão foi publicada em portaria do Ministério da Saúde no dia 30 de maio, e a rede pública tem até 180 dias para viabilizar a oferta.

A medida representa um avanço importante no cuidado às mulheres com endometriose, condição crônica e muitas vezes incapacitante. A doença afeta entre 5% e 15% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil e pode causar cólicas menstruais intensas, dores pélvicas, infertilidade e alterações intestinais e urinárias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 190 milhões de mulheres vivem com endometriose no mundo.

Como funcionam os novos tratamentos

DIU-LNG: dispositivo intrauterino que libera o hormônio levonorgestrel, ajudando a suprimir o crescimento do tecido endometrial fora do útero. É uma opção especialmente útil para mulheres que não podem usar contraceptivos orais combinados. O DIU tem duração de até cinco anos, o que contribui para a adesão ao tratamento e melhora da qualidade de vida.

Desogestrel: anticoncepcional hormonal que age bloqueando a ovulação e, com isso, o crescimento do tecido endometrial. Pode ser prescrito antes mesmo da confirmação diagnóstica por exames de imagem, o que agiliza o início do tratamento.

Importante destacar que, neste contexto, os dois medicamentos serão utilizados com foco terapêutico para endometriose, e não apenas como contraceptivos.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a incorporação dos dois métodos é um marco. “Mais do que inovação, estamos falando de garantir cuidado oportuno e eficaz para milhares de mulheres que convivem com a dor e o impacto da endometriose em seu dia a dia”, afirmou. Segundo ele, a medida também representa um avanço na atualização tecnológica do SUS, com base nas melhores evidências científicas analisadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

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