Em um movimento que acirra as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, o presidente americano Donald Trump assinou uma ordem executiva impondo uma tarifa de 50% sobre determinados produtos de origem brasileira. A medida foi anunciada pela Casa Branca sob a justificativa de que o país enfrenta uma “emergência nacional”, expressão que abre o documento oficial.
A nova tarifa resulta da soma de dois percentuais: os 10% já aplicados desde abril e os 40% adicionais que vinham sendo cogitados desde o início de julho. A decisão impacta diretamente setores relevantes da economia brasileira, acendendo o sinal de alerta para exportadores e autoridades do governo federal.
No entanto, o decreto prevê exceções significativas, o que aliviou parte das preocupações do Itamaraty. Produtos de peso na balança comercial brasileira, como suco de laranja, aeronaves e petróleo, ficaram de fora da taxação. Esses itens lideram a pauta de exportações nacionais para os Estados Unidos e, caso fossem incluídos, poderiam causar prejuízos bilionários ao país.
A exclusão desses setores sinaliza que, apesar do endurecimento nas relações comerciais, ainda há espaço para negociação diplomática. O governo brasileiro acompanha de perto os desdobramentos e deverá intensificar os diálogos com autoridades norte-americanas para mitigar os impactos da nova política tarifária.
