A Polícia Federal divulgou nesta sexta-feira (18/7) imagens do dinheiro vivo apreendido durante operação na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Ao todo, foram encontrados US$ 14 mil e R$ 8 mil, valor correspondente a, aproximadamente, R$ 77 mil na cotação atual.
A ação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e incluiu dois mandados de busca e apreensão (um na casa de Jair Bolsonaro e outro na sede do Partido Liberal), além de restrições como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais, recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 6h, impedimento de sair de casa nos fins de semana e veto ao contato com outros investigados, incluindo o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho.
Em entrevista à Band News, o ex-presidente afirmou que as notas foram sacadas legalmente. “Tinha lá 14 mil dólares, eu sacava o dólar no Banco do Brasil, tá com o recibo, o dinheiro que veio da minha própria conta. Não tá declarado, ia declarar no Imposto de Renda do ano que vem”, disse.
Questionado sobre o motivo de guardar a quantia em casa, Bolsonaro justificou que mantém dólares como precaução. “E para uma possibilidade de uma viagem. E outra, eu sempre tive dólar em casa, nada demais, não é crime você ter dólar em casa.”
Guardar dinheiro em espécie não é ilegal no Brasil. No entanto, pessoas que entrarem ou saírem do país com valores acima de US$ 10 mil são obrigadas a declarar o montante à Receita Federal.
Durante a operação, os agentes também encontraram um pen drive escondido em um banheiro da casa. O dispositivo foi encaminhado ao laboratório da PF e será analisado pela polícia científica.