A cidade de Canindé do São Francisco está lotada e a segunda edição do Verão Sergipe é um sucesso.
Os comentários nas redes sociais são amplamente positivos, e a roda da economia de eventos está movimentando o Sertão.
Os resultados são extremamente favoráveis para o governador Fábio Mitidieri, que, goste-se ou não, é o chefe do Executivo que mais investiu em turismo nas últimas décadas. No entanto, em meio a tudo isso, há gestos que podem indicar uma crise política.
Vamos ao contexto de 2024 para tentar compreender melhor a situação. Canindé do São Francisco foi disputada por Kaká Andrade, do PSD, candidato apoiado pelo governador e pela família
Andrade. Foi o segundo pleito em que ele entrou como tavorito e saiu derrotado.
A vitória foi do União Brasil, partido de André Moura. O atual prefeito, Machadinho, tem forte alinhamento com Moura, possuindo uma relação que vai além da política. Mesmo enfrentando “a máquina”, venceu com toda a sua força. A conquista de Machadinho foi uma das mais comemoradas dentro do partido.
À noite, o prefeito circulou pela cidade ao lado de André Moura e deputados estaduais do União Brasil.
Nenhum deles foi ao camarote do governador para cumprimentá-lo. Além disso, houve um episódio simbólico: nos corredores do camarote dos artistas, André Moura aguardava Machadinho para posar ao lado de Léo Santana, atração contratada pelo governo. No mesmo momento, o governador passou pelo local para também posar com o cantor.
Fábio cumprimentou a todos, mas recebeu de André uma reação fria.
Seria um indício de rompimento à vista para 2026?
Com tantos relatos, não faltarão especulações.
Afinal, muitas figuras da política presenciaram os acontecimentos e sabem que a “Domingueira” não é um filme de ficção.
Por Narcizo Machado com colaboração de Daniel Rezende